quarta-feira, fevereiro 15, 2006

MEU NOVO BLOG: HTTP://DYSFEMISMO.BLOGSPOT.COM

Novo Blog: HTTP://DYSFEMISMO.BLOGSPOT.COM

Este blog está tão morto quanto deus.
Não leiam o que está aqui. Parem.
Entrem no endereço acima.

terça-feira, janeiro 17, 2006

O Amor

O amor é quando voce goza e nao quer que ela vire uma pizza.
E nao é porque voce nao gosta de pizzas.

e eu adoro sacanear quem define coisas com quando.

Pra mim existe o amor verdadeiro e o amor falso. O amor verdadeiro é doentio, irracional, violento e auto-destrutivo. O amor falso é saudavel, racional e auto-preservativo. Mesmo quando violento.
O amor verdadeiro é aquele que nao te deixa largar a pessoa que voce ama, mesmo que ela seja nojenta e te faça mal.
O amor falso é aquele que te faz querer ficar com a pessoa que voce ama, porque ela te faz bem.
Mas nao é amor verdadeiro, porque voce toma a decisao racionalmente. Voce sabe que ela te faz bem e te faz feliz, é uma decisao logica como qualquer outra decisao decente na sua vida.

Pelo meu texto tendencioso, dá pra perceber qual o amor que eu quero pra mim.

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Enquete I

O que voce faz quando sua quase-namorada dorme enquanto voces estão trepando?

a) constata seu fim de carreira e se aposenta
b) discute a relação
c) acaba a relação
d) dorme também
e) chora
f) continua trepando


Quem tiver ideias melhores pode dividi-las comigo

domingo, novembro 27, 2005

O Retorno de Narciso

Essa é uma estoria contruida a partir de uma serie de elementos bricolados da mitologia grega, arabe, acontecimentos reais, um filme de terror, umas metaforas retardadas, elementos da biologia vestibulandica e uma dose moderada de surrealismo. Quem tiver interesse de entender mais da metade da brincadeira vai ter que pesquisar na mitologia grega underground alguns detalhes da historia do narciso e da persophne, alugar os filmes da série Profecia, estudar morfologia das angiospermas e me perguntar detalhes intimos da minha vida que eu nao vou responder. Se voce nao estiver afim de fazer nenhuma dessas coisas, espero que possa aproveitar o texto mesmo assim.


I.

Não desta vez. Não de novo. Da ultima vez que eu fiquei esperando, lembro muito bem que eu me fodi. Um panteão de ninfas gostosas dando em cima de mim e eu respondendo “não, você não, sou fodão demais pra você...”. Até na Eco eu dei bota. Tudo bem que era extremamente enfadonha aquela maldita maldição que ela recebeu da Hera que a obrigava a falar o tempo todo repetindo as coisas que eu dizia. Mas pensando bem, tivesse eu tomado uns goles do meu Baco, encarava fácil. Enfim, não preciso terminar de contar que acabei me apaixonando pelo meu fastidioso reflexo naquele frívolo riozinho de quinta e que depois, sabe-se lá como, virei uma flor, meio que do nada. A mais bonita, modéstia a parte, mas ainda...uma pífia e mísera flor. Mas vamos ao que interessa.

Não sei se você se lembra do que aconteceu depois... Estava lá eu, em meio a floreios imaginativos que não vêm ao caso, quando te avistei vindo em minha direção, provavelmente separando-se de seu grupinho de mocinhas virgens, mitológicas e graciosas. Assim que te vi, floresceu em mim uma fervorosa paixão. Tá, vai, pra mais ser honesto... não foi bem assim que te vi, mas enquanto você corria pelos campos em minha direção deu tempo de me apaixonar. Enfim, foi bem rápido. O fato é que, como você bem sabe, quando você estava quase me pegando para me colocar em seu cesto, quando apenas centímetros de vegetação rasteira nos separavam, quando eu já sentia meu rígido e garboso tubo polínico se desenvolvendo e meu orgasmo floral prestes a culminar, abre uma estrondosa e sulforosa fenda infernal absolutamente do nada, no meio dos belos e verdejantes campos floridos do peloponeso, e você despenca (Pra ser um pouco mais honesto, foi esse o momento em que eu me apaixonei de verdade, porque você ostentava um harmonioso e glorioso decote.... fiquei olhando pra baixo – enquanto você caía - e imaginando como seria esta flórida vista antes dos seus um-kilo-e-duzentas a menos de comissão frontal...).

E imagine então a minha cara (ou sei lá.. meu androceu, gineceu, receptáculo floral, anterozóide... enfim, não freqüentava as aulas de biologia no colégio, estava ocupado demais me olhando no espelho) quando isso aconteceu. Mas que cazzo. Depois descobri que o filho da puta do Hades tinha resolvido sem mais nem menos me usar de armadilha pra te capturar. E mais filha da puta ainda, porque não satisfeito em não conseguir te conquistar na raça e no suor, te deu uma maldita semente de romã. A porra da semente de romã. Não fosse ela, nada disso estaria acontecendo. Mas isso não vai ficar assim. Não vai mesmo. Só porque você e esse tal anticristo tem uma historia juntos, namoram a sei lá quantos anos (apesar de não se verem direito e serem frios um com o outro), podem até já ter pensado em casar de papel passado e tudo mais. Que seja. Mas isso não fica assim não.


II.

Então, depois de engolir o meu prodigioso orgulho, lá fui eu pedir uma ajudinha a Alá. Nunca fui religioso, mas sempre me dei bem com o barbudo (que nunca encanou com meu comportamento narcísico, ao contrario do viadinho do Cristo que comia a puta da Maria Madalena o dia inteiro e ainda tinha cara de pau de chegar pros discípulos com papinho moralista). Contei pra ele da sua camiseta do Hamas e ele ficou todo animado. Ah, e também falei pra ele que, assim como você já me contou, você ainda não foi deflorada apesar do longo relacionamento com o nefasto.

Trocamos umas idéias verdejantes e no final das contas ele me transformou em homem de novo. Não tão bonito quanto antes, admito... nariz adunco, assimetrias faciais, cabelo curto (mas vou deixar crescer, como já te contei), uma voz de gralha fanha, meio fresco, grudento e metido a estiloso. Mas pelo menos podia falar, andar e brigar por você. Então peguei meu florete (já cansou dos trocadilhos, meu amor?) e desci ao inferno pra enfrentar aquele chifrudo ladrãozinho.

III.

Quando cheguei lá fui calorosamente recebido por uma flotilha de gazelas infernais ferozes que tinham cara de new metal com indie mas na verdade eram mó trues. Não me deram muito trabalho, e rapidamente o tinhoso veio ao meu encontro. Eu tentei conversar com ele, eu juro. Mas ele não falava nada, ficava lá quieto com uma cara inexpressiva e só abriu a boca pra reclamar que você era sempre do contra. Mas o coisa-ruim não queria desistir. Ou queria, não sei bem ao certo, porque não falava nada, o arrenegado. Foi quanto tive uma idéia brilhante.

Lembrei que ele tinha uma empresa capitalista na terra e que queria porque queria se tornar o presidente dos Estados Unidos. E também que isso tinha alguma coisa a ver com impedir o nascimento do novo Jesus Cristo. Foi então que negociei com ele : meu CD Antichrist Superstar do Marlyn Manson (que eu nem ouço mais) + meus vídeos do Michael Moore + um filme do David Lynch pela maldita semente de romã que ele te deu, mas guarda às sete chaves pra ter certeza de que você vai continuar apaixonada. Na verdade primeiro eu ofereci minha alma, já que eu não uso ela pra nada. Mas o cão também não acredita nessas idiotices. Então, enfim, fizemos a troca.

IV.

E você recebe então, finalmente, o prêmio da minha bricolada macunaímica e neo-romantica epopéia. Minha muiraquitã, esta semente de romã, eu te devolvo para que possa destruí-la (não te aconselharia a comê-la porque sabe-se lá o que aquele excomungado pervertido fez com ela) e não mais ficar sujeita a apaixonar-se por qualquer machinho beta que atravesse seu caminho. Agora a guerra santa pelo seu coração é mais justa. Mas quero deixar claro que isso não é absolutamente nenhuma demonstração de afeto. É apenas por falta do que fazer que conversei com Alá, atravessei o inferno, negociei com o belzebu, sentei o traseiro por horas a fio pensando nessa viagem toda e ainda saí por aí caçando romã.

terça-feira, novembro 08, 2005

Romã

Eu não quero saber se você me acha metido se você me acha feio bonito idiota inteligente engraçado viado chato interessante carinhoso, maluco ou pervertido. Eu não quero saber de carinho de amor de sexo de putaria de casamento de namoro de possessividade de liberdade de grude de frieza, de tesão ou de frigidez.
Eu não quero saber de disputar você com ele e muito menos vou tentar te convencer que eu sou melhor. Pra você. Não quero ter que pensar toda vez que eu trepar com você que eu tenho que te foder melhor do que ele te fodia. Não quero ter que saber que toda vez que eu não te ligar, eu fui menos atencioso que ele. E que toda vez que eu te liguei, eu fui mais grude do que deveria, mais grude do que ele era. E que toda vez que eu falhar com você, ele vai estar lá com aquele dedo indicador nojento apontando pra minha cara.
Eu não quero saber de te ver o dia inteiro, de não te ver nunca, de morrer de saudades e de não te agüentar mais. Foda-se se eu sinto sua falta.
E que se foda se eu tenho que dormir toda santa noite com essa maldita falta de ar, essa puta dor na boca do estomago e esse medo gigantesco absolutamente sem sentido sem razão sem motivo que eu possa explicar racionalmente. Essa vontade de chorar. Essa puta vontade de chorar. Que se foda se eu tenho que conviver com meus problemas de insônia somados a isso. E que se foda se eu vou só pra te ver e você não esta lá. Ou está. Mas não pra mim, o que é pior ainda. Que se foda se não tem nada a ver, e que se foda se você não quer. Que se foda se ela fala que você não me merece. E que se foda se te falam que eu não te mereço. Que se foda.
E que se foda ele. Eu odeio essa competição injusta e eu quero é que ele se foda. E eu não quero saber de metal de violência de carinho de jazz de amor de carência de saudade de estudar de faltar de bolar cabular fumar socar dançar ser não ser sentir não sentir pensar foder casar dormir acordar saber ou não saber de te encontrar, chorar, sofrer, te amar, sofrer e chorar.
Eu não quero nem saber da puta da semente de romã.
Eu só quero você.

quinta-feira, outubro 27, 2005

Dois

Eu odeio escrever ou falar sobre politica. O problema é que a maioria das pessoas, quando se trata de politica, nao pensa, soh adere ao papai (raramente à mamae) à televisao, ao jornal e ao professor. E quando a pessoa se depara com argumentos decentes, nem para pra pensar, só refuta sem saber porque. Mas enfim. Eu resolvi postar mesmo assim. Mas lembro os senhores que nao é uma redação estilo fuvest, eu ainda me sinto no direito de escrever como eu bem entendo , segundo as não-regras que eu já postei no "The Blog Generation" (procure no arquivo se ainda não leu).

Eu votei dois. Eu, assim como você, recebi os e-mails descrevendo a opressão moral e política que constitui desarmar a população e comparações entre governos que o fizeram. Eu, como você, li a revista Veja (tendo também, como você, o conhecimento de que o dono da folha é exportador de armas). Eu, assim como você, sei do interesse que os Estados Unidos têm em proibir o comercio de armas aqui, pois isso impediria a exportação de armas do Brasil (um dos maiores exportadores de armas leves para os EUA). Mas as semelhanças também não param por aí. Eu também fui partidário ferrenho do um. Mas eu mudei de idéia.
Toda a filosofia do ‘um’ gira em torno da realidade maniqueísta que divide o mundo entre “bandidos X cidadãos-de-bem”. Não quer dizer que todos pensem nessas palavras, eu sempre achei isso ridículo mesmo quando era partidário do um. Mas de alguma forma, é indiretamente nisso que se baseia o raciocínio. Todo mundo sabe que não fará diferença na pratica para a maioria da população, mesmo porque já fizeram medidas provisórias que resolveram as possíveis diferenças que a votação poderia fazer. Todo mundo sabe que “bandido” só compra arma ilegal. Na verdade, cidadão de bem também compra arma ilegal, mas enfim.
É ridículo achar que a questão diz respeito a especificamente se você vai votar no “direito à vida” ou contra “o desarmamento do cidadão de bem”. Não é tão simples assim. Na minha opinião, a campanha do desarmamento consegue ser mais imbecil do que a campanha contra ele. Mas ambas são quase completa e integralmente retardadas. Mas depois de toda essa reflexão besta e introdutória, eu vou dizer o que me fez mudar de idéia.
Votar pelo direito do cidadão de bem em ter uma arma, é acreditar na existência de um grupo “cidadão de bem” e incluir-se nele. Eu não acredito em cidadão de bem. Nem em bandido. Eu acredito em potenciais bandidos e potenciais cidadãos de bem. Não acredito que fará nenhuma diferença votar dois, mesmo que eu tivesse alguma esperança de vitória. Nem estou discutindo conceitualmente o impacto do desarmamento se ele fosse efetivar-se. É puramente conceitual.
E tudo fica muito simples quando você para de pensar de forma maniqueísta em cidadãos de bem e bandidos. Quando caiu a ficha pra mim, eu me dei conta que os “bandidos” vão continuar com armas, quer agente vote um ou dois. Mas quem não é “bandido”, ou seja, quem ainda não cometeu crimes, não mora na favela e não é super-explorado pelo sistema, com o desarmamento, ou vai ignorar ou vai se desarmar. Não pode piorar. Na pior das hipóteses, continuam comprando armas quem quer apontar armas pra os outros no transito, para os bandidos que entram em casa e para os filhos atrás das cortinas. Na melhor das hipóteses, menos pessoas terão armas. Eu não separo as pessoas entre “bandidos” e “mocinhos”. Pra mim, gente é gente. E quanto menos gente com arma, melhor.

quinta-feira, outubro 20, 2005

Excertinhos da Vila Olimpia

Qual o cumulo da nerdeza? Eu. O que eu faço em uma balada chata? depois me perguntam porque cazzo eu carrego uma bolsa! Pois eu abro-a e retiro um caderninho que salva minha pele em todos os lugares chatos e salva as ideias boas em lugares legais, e começo a escrever... aqui vao alguns exemplos das coisas estranhas que me vem à cabeça. Não esperem muito, afinal a musica de fundo era lamentavel, eu estava bebado e tinham patys e boyzinhos pentelhando enquanto eu escrevia.

A diferença entre um bom motivo e uma desculpa esfarrapada é a capacidade argumentativa do vacilão.

A quantidade de minas gatas em um bar é diretamente proporcional à quantidade de caras imbecis e músicas chulas.

Eu não odeio garotas burras por serem burras, mas sim pela impossibilidade gerada pela sua imbecilidade de qualquer tipo de abordagem e/ou xaveco não-imbecil (não tenho nada contra xavecos imbecis, a não ser o fato de que eu não os domino...).